![](http://1.bp.blogspot.com/-SHidY371eco/TiRJ2CzJ8EI/AAAAAAAACHw/SrUFPvtAA74/s400/quem+quer+dinheiro.jpg)
Fonte: loungeempreendedor.blogspot.com
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1RV5YyBTHnORup8hyphenhyphenr_YyKaJJwdOxQqKVDZBfcykVYW8rYH1HU-NAM0bV0iaQFe7rwe3YZ3ACSfWysALVSxEv1nIc57ZjZwlGpU7ND_xOlfj4q6oaysiSgpE-8U6PH4fCDJiHf812mmmM/s220/1103822.jpg)
Américo Ramos
Alfie Kohn, em seu livro "Punidos pelas Recompensas" (1993) fez uma crítica as práticas mais comuns de reconhecimento e incentivo, comparando-as ao que é feito com crianças, no sentido do castigo ou do prêmio. As pessoas "funcionariam" desta forma, esquecendo-se do significado intrínseco que o trabalho poderia ter.
Assim, trabalharíamos e viveríamos pelo utilitário e pela busca do usufruto de algo material, explícito, simbolizando o ter, e para o qual competiríamos por isso ferozmente.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj79OvHknD8Tp5SMArgv-s0vGsNBWUeWKimudYFtXbe9xHiA5w2zrrmpn47-D2k3eCehGf3_cSpQW9SLiO3EW7dAwOSBAcR661jm6bWlxJgkmedKKkLnJpwCQzkvylFVm5ty8Sa-7lf9zVI/s200/Submarino_136488.jpg)
Logo, as práticas de gestão de pessoas mais "hard" buscariam estender a competitividade como o valor geral, associado ao utilitarismo e subordinado à acumulação capitalista. É a lógica do "quem quer dinheiro!", magistralmente mostrada pelo descendente do sábio Isaac Abravanel.
No meio ao discurso até hoje dominante do "reconhecimento pelos resultados", a obra de Kohn não tem sido muito propagada, talvez intencionalmente, ainda que conhecida e, claro, sujeita a questionamentos também.
Como professor de Comportamento Organizacional, devo mostrar várias políticas de Gestão de Pessoas que, segundo os "nossos cânones sagrados", "proporcionariam o ambiente mais adequado à motivação das pessoas", como as práticas de reforço e prêmios por resultados e metas atingidas. Posso até induzir à crítica, mas não posso também ignorar o discurso, até em função dos concursos e testes que os alunos terão que fazer, sem contar com a própria vida corporativa com a qual convivem dia após dia. "Faz parte do show", como diria o Cazuza.
De qualquer forma, chama-se a atenção para a maneira reduzida que se entende a inserção das pessoas nas organizações e sua aprendizagem. No final das contas, não mudaríamos muito em relação às crianças condicionadas que fomos por tal tipo de cultura.
Falando em crianças, lembro-me de um episódio do Bob Esponja que faz uma crítica bem humorada a tudo isso que foi aqui comentado, "O Funcionário do Mês". Hipocrisia, competitividade desenfreada, inversão de valores, manipulação, produtividade "sem causa", está tudo lá. Sugiro a cada leitor ver ou rever o desenho, neste link, dentro do que foi comentado aqui, e tirar suas próprias conclusões.
Abraços a todos!
Américo Ramos , DSc em Administração,
vinte anos de experiência profissional e acadêmica.E-mail: americodacostaramos@gmail.com.
Visite o blog Aprendizagem e Organização”
(http:www.aprendizagemeorganizacao.com).
Nenhum comentário:
Postar um comentário